terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Carregamento de celulose pela ferrovia cresce mais de 50% em 2014
Publicado: terça-feira, 16 de dezembro de 2014
De janeiro a outubro deste ano, mais de 1,6 mi de toneladas do produto foram escoadas pela América Latina Logística
A produção de celulose no Brasil segue com ritmo acelerado em 2014. Em Mato Grosso do Sul, as duas principais fábricas deste produto, Fibria e Eldorado, localizam-se em Três Lagoas e utilizam a malha ferroviária administrada pela ALL – América Latina Logística – para escoar parte de suas produções ao Porto de Santos. Juntas, de janeiro a outubro deste ano, as empresas transportaram 1.621.020 toneladas de celulose ao Porto de Santos por meio da ferrovia, um crescimento superior a 50% se comparado ao ano de 2013.

De acordo com o responsável comercial da carteira de produtos industriais da ALL, Carlos Teixeira de Freitas, os bons resultados são frutos de investimentos e trabalho desenvolvido em parceria com as empresas. “Este setor está em franco crescimento e a parceria construída entre os players e a ferrovia é um case de sucesso. Os volumes estão crescendo de forma expressiva e a solução logística que oferecemos é uma forte aliada para o aumento da competitividade dos nossos clientes”, explica. O carregamento dos vagões da Fibria é feito em Três Lagoas e o da Eldorado é realizado em Aparecida do Taboado.

Freitas explica que, através de investimentos realizados, somados ao momento que o setor está vivendo, a celulose passou a representar aproximadamente 15% do total de produtos industriais transportados pela ALL. “É um crescimento bastante representativo e que retrata muito bem o cenário da celulose no país”, aponta.

De acordo com o diretor da Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore MS), Benedito Mário, a tendência é que, até o fim do ano, os números continuem no mesmo ritmo. “Por conta da forte demanda das indústrias de celulose, houve um crescimento muito significante na produção. Talvez Mato Grosso do Sul seja um dos poucos estados do Brasil com as condições favoráveis para produzir: terra, situação fundiária boa, propriedades grandes, e topografia boa, com áreas planas”, explica.

Conforme a Associação Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a produção de celulose no Brasil atingiu 12 milhões de toneladas de janeiro a setembro deste ano, com alta de 7,7% em comparação com o mesmo período de 2013, onde foram registradas 11,2 milhões de toneladas. Houve também variação positiva de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado na produção de painéis de madeira, com 5,9 milhões de m³. Já em relação ao segmento do papel, a produção totalizou 7,8 milhões de toneladas, no período de janeiro a setembro deste ano, com variação de 0,4% na comparação com o mesmo período de 2013.

Fonte: Agora MS - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=49712294&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Plano Diretor de Transporte do Rio vai apostar no transporte sobre trilhos

Em 9 anos, número de passageiros de trens e metrô subiu 7% ao ano. Estudo descobriu uma cidade entupida de carros, obras e trânsito travado.
Uma das principais propostas do Plano Diretor de Transporte Urbano é expandir o sistema de trens e metrô para melhorar o trânsito no Rio. O novo estudo foi apresentado nesta segunda-feira (15) com exclusividade no Bom Dia Rio.

O estudo detalhado descobriu uma cidade entupida de carros, obras, trânsito travado e à espera de soluções. Com mais um horário de rush: a hora do almoço. O plano também aponta o que fazer para melhorar a mobilidade.Uma das saídas para desafogar as ruas é o investimento no transporte público sobre trilhos. De 2003 para 2012, o número de passageiros de trens e metrô subiu 7% ao ano.

O sistema ainda não atende toda demanda. O levantamento da Secretaria Estadual de Transportes mostra que do total de viagens diárias, o uso de trens corresponde a 2,5% e de metrô 2,9%, enquanto os carros ainda representam 16,7%.

Ampliação
Para ampliar esta capacidade, o metrô vai ganhar a Linha 4 em 2016. Ela vai ligar Ipanema até a Barra da Tijuca, passando pela Gávea e São Conrado. O plano também prevê expansões até 2021: a ampliação da Linha 1, ligando a estação Uruguai ao Méier, até o Engenhão.

Na Linha 2, a integração com as Barcas, chegando até a Praça XV através das estações Estácio e Carioca. A construção da Linha 3, ligando Guaxindiba, em Itaboraí até a Praça Araribóia em Niterói, passando por São Gonçalo.

A ampliação da Linha 4 até o Recreio, integrando também o Terminal Alvorada e a expansão da malha, com uma nova linha entre a estação Gávea até a Carioca, passando pelo Jardim Botânico, Humaitá e Lapa.

Para os trens, toda a frota será renovada até 2016. O plano diretor prevê a ampliação dos trilhos com a inauguração de três novos trechos até 2021: a ligação das estações de Costa Barros e Japeri, Deodoro, Honório Gurgel e Duque de Caxias, além da interligação das estações de Nova Iguaçu e São Bento.

Projetos
Em entrevista ao Bom Dia Rio, a secretária Estadual de Transportes Tatiana Carius, falou sobre os projetos. "Ninguém constrói metrô do dia para outro, de um ano para outro. Então você tem que ter projetos bem executados e é exatamente nesta fase que estamos. O que é o plano diretor de transporte urbano? Ele serve como uma bússola para o governo, ele é uma ferramenta mutável, assim como o deslocamento das pessoas, que variam de acordo com os investimentos em infraestrutura. Eles mudam diariamente”, afirmou a secretária.

O professor do Instituto de Pesquisas em Engenharia da UFRJ (Coppe) diz que os projetos são fundamentais para desafogar o trânsito. A secretaria Estadual de Transportes informou que o projeto da Linha 3 está pronto para consulta pública e que se prepara para lançar no primeiro trimestre de 2015 os editais de expansões das linhas 1, 2 e 4.

Fonte: Do G1 Rio - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=16186857&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
 
Governo aprova redução do capital social da Valec

Obras da Valec: companhia tem passado por uma reformulação em meio aos preparativos do governo para licitar ferrovias à iniciativa privada
São Paulo - O governo federal aprovou a redução do capital social da estatal de ferrovias Valec de 9,58 bilhões para 8,27 bilhões de reais, mediante absorção de um prejuízo acumulado de cerca de 1,3 bilhão de reais, segundo ata de assembleia extraordinária publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.

Em maio deste ano, o governo havia autorizado o aumento de capital social da companhia em 1,2 bilhão de reais, mediante a incorporação de créditos da União no valor de 1,24 bilhão de reais, decorrentes de recursos recebidos em 2012.

A Valec tem passado por uma reformulação em meio aos preparativos do governo para licitar ferrovias à iniciativa privada.

Pelo modelo das concessões lançado em 2012 pelo governo da presidente Dilma Rousseff, os vencedores dos leilões para construir novas ferrovias venderão toda sua capacidade de carga ao governo - no caso, à estatal -, que a revenderá a operadores interessados.

Fonte: Reuters/Exame.com - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=10142398&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
 
Passeio de trem comemora os 104 anos da Estação Ferroviária de Livramento

Evento acontece no próximo dia 19 e percorrerá 20 km de ferrovia
Há 104 anos era inaugurada a Estação Ferroviária de Sant’Ana do Livramento, um dos principais centros de desenvolvimento da economia gaúcha em toda a sua história. Para comemorar a data, será realizado um passeio de trem com passageiros promovido pela América Latina Logística (ALL), Prefeitura Municipal de Sant’Ana do Livramento, Vinícola Almadén, Associação Brasileira da Preservação Ambiental (ABPF) e Giordani Turismo.

Serão duas viagens, num total de 20 quilômetros cada trajeto, partindo da Estação Cultura, antigo prédio da estação férrea reformado em 2012 pelo Instituto ALL de Educação e Cultura, com patrocínio da América Latina Logística por meio da Lei Rouanet. O trem, com 140 passageiros, começa sua viagem no dia 19/12, às 11h, em direção a Palomas, e retorna a Livramento às 15h30. O segundo passeio começa às 16h do mesmo dia, finalizando às 19h30.

Antes, às 10h30, haverá uma solenidade para autoridades e convidados na sala Miguel Angelo Evangelista Jorge, Gerente de Relações Institucionais e Aduaneiras da ALL no RS, que dá nome ao espaço devido à sua longa relação com a estação e com a ferrovia em Livramento.

Serviço
O que: Passeio de trem de passageiros
Onde: Estação Cultura (Sant’Ana do Livramento) – local de partida
Quando: 19/12 (sexta-feira), a partir das 10h30
Quem: promovido pela América Latina Logística (ALL), Prefeitura Municipal de Sant’Ana do Livramento, Vinícola Almadén, Associação Brasileira da Preservação Ambiental (ABPF) e Giordani Turismo.

Sobre a estação de Livramento
A estação de Sant’Ana do Livramento foi inaugurada em 1910 como ponta do ramal entre Cacequi e a cidade, localizada na fronteira com a cidade uruguaia de Rivera. Em 1912, foi inaugurado o tráfego mútuo entre Livramento e Rivera, fazendo com que os trens pudessem ligar o Rio de Janeiro e São Paulo a Montevidéu e, dali, a Buenos Aires. No final dos anos 1970, este último ramal foi erradicado e, Livramento hoje, liga-se apenas com Cacequi e com as ferrovias uruguaias.

Sobre a Estação Cultura
A centenária estação férrea, hoje administrada pela Prefeitura Municipal, oferece ao público um Museu Ferroviário e sala de cinema. Aprovada pelo Ministério da Cultura (Minc), a iniciativa do Instituto ALL de Educação e Cultura ocorreu através da Lei Rouanet, em parceria firmada com a Prefeitura Municipal e apoio dos patrocinadores ALL, Banco Safra e Bentec Móveis.

Com o objetivo de preservar o patrimônio histórico e incentivar a cultura, o projeto mantém duas programações. A primeira consiste no Cine Estação Instituto ALL, uma sala de cinema adaptada a pessoas com deficiência. A outra é o Projeto Memória Ferroviária. No local, o público pode conferir uma mostra permanente de fotografias que resgatam a história férrea local e regional.

Para mais informações sobre o Instituto ALL, acesse: institutoall.com.br/sobre-o-iall/

Fonte: Portal Maxpress - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=29599983&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
 
Cemitério logístico trava investimentos em setor ferroviário

Ponte em obra inacabada da ferrovia Transnordestina: em dezenas de pátios logísticos espalhados País afora, milhares de vagões e locomotivas ainda enferrujam a céu aberto
André Borges, do Estadão Conteúdo

Iperó, Sorocaba e Mairinque - O governo anunciou planos de construir 11 mil quilômetros de novas ferrovias e erguer mais de 800 aeroportos regionais, mas há anos não consegue executar uma tarefa básica: limpar os trilhos e os aeroportos que já existem.

Em dezenas de pátios logísticos espalhados País afora, milhares de vagões e locomotivas ainda enferrujam a céu aberto, transformados em abrigo para usuários de drogas e entrave na operação diária de concessionárias que assumiram a malha ferroviária nacional, privatizada na década de 90.

Nos aeroportos, onde o pouco espaço disponível é disputado a tapa pelas companhias aéreas, dezenas de aviões e carcaças abandonadas ainda são um estorvo sem data para acabar.

Resultado da burocracia jurídica e da dificuldade do governo em concluir programas criados para desobstruir o caminho do transporte de cargas e passageiros, esses cemitérios logísticos estão escancarados em trechos como os da ferrovia Malha Paulista, que foram percorridos pelo Estado.

Ao longo da estrada de ferro que corta a região de Sorocaba (SP), linha que hoje é operada pela América Latina Logística (ALL), a reportagem flagrou centenas de vagões abandonados, estações históricas caindo aos pedaços e trânsito livre para o comércio de drogas.

Cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) dar um destino aos bens da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) que não foram repassados às atuais concessionárias.

No processo de privatização, realizado 18 anos atrás, todo o patrimônio da RFFSA considerado necessário à operação (malha ferroviária, vagões, locomotivas, equipamentos e oficinas) foi arrendado às empresas.

Ficou a cargo do Dnit cuidar dos bens considerados não operacionais e obsoletos, milhares de vagões e locomotivas antigas sem condições econômicas de recuperação. A autarquia do Ministério dos Transportes chegou a criar um programa para isso, mas simplesmente não consegue tirá-lo do lugar.

Sem interesse. Em 2012, o Dnit concluiu uma primeira etapa de inventário dos vagões, com 1.175 unidades fichadas individualmente. Dessas, 600 foram avaliadas para venda em leilão, incluindo grandes volumes que estão entulhados nos pátios de Triagem Paulista, em Bauru (SP), e de Samaritá, na cidade de São Vicente, litoral paulista. Uma licitação para venda dos vagões foi realizada dois anos atrás, mas o Dnit afirma que não teve interessado. Eram aproximadamente 400 vagões.

"Abrimos leilão em setembro deste ano para Triagem Paulista e Samaritá, mas não houve interessado, ou seja, o preço oferecido pelo Dnit estava fora do mercado", declarou a autarquia, por meio de nota.

Nas contas da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), que representa as concessionárias, um total de 5.400 vagões e locomotivas não foi arrendado no processo de privatização e, portanto, trata-se de material que precisa ser removido. Outras 7.400 unidades entraram nos pacotes de concessão, mas já estão em fase de devolução, por conta do fim de vida útil.

Nas contas do Dnit, ainda é preciso concluir a avaliação dos maquinários abandonados nos pátios de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e em capitais do Nordeste, como Fortaleza, que concentra grande quantidade das sucatas.

O material que será vendido por meio de leilões passará por avaliação de uma comissão de peritos da "inventariança da extinta RFFSA", processo que teve início em 2007 e que deveria ser concluído em 2015, mas que provavelmente terá de ser prorrogado. "Precisa ser concluído o inventário de torres de eletrificação elétrica em São Paulo, e depois transferir para Dnit", informou o órgão.

Legado

No processo de liquidação dos bens da RFFSA, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) assumiu o compromisso de desembaraçar mais de 52 mil imóveis que pertenciam à antiga Rede. Bens de valor cultural ficaram aos cuidados do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) assumiu aproximadamente 40 mil processos trabalhistas.

Ao mostrar para a reportagem a situação atual em que se encontra a estação ferroviária de Iperó, o funcionário aposentado pela Ferrovia Paulista (Fepasa) Dejair de Almeida faz as promessas oficiais parecerem folclore. "Veja a que situação chegamos. Estamos sozinhos aqui. Até os prédios que pertenciam à Fepasa foram invadidos. Ninguém fiscaliza nada. É lamentável ver o que fizeram com a ferrovia."

Dejair Almeida trabalhou durante 22 anos na malha da antiga Estrada de Ferro Sorocabana (ESF). Aposentou-se quando um acidente o deixou cego do olho direito, enquanto trabalhava nas instalações elétricas da estação ferroviária da cidade. Hoje, cuida do Sindicato dos Ferroviários de Iperó. Durante a reportagem, enquanto apresentava o que restou da estação ferroviária, foi obrigado a recuar. Atrás do prédio, a polícia abordava um grupo de jovens, em busca de drogas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Fonte: Revista Exame - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=10705763&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
 
China atesta própria força por meio do domínio ferroviário

Fábrica de trens na China: raras são as semanas que o país não anuncia algum tipo de acordo ferroviário
Paloma Almoguera, da EFE

Pequim - A China, que possui a maior rede de trens de alta velocidade do mundo, decidiu explorar seu poder no setor ferroviário através de inúmeros projetos internacionais, que autenticam o país como potência mundial.

Com uma fórmula de tecnologia avançada e baixos preços, não parece haver lugar que resista à força da China no campo ferroviário. Raras são as semanas que o país não anuncia algum tipo de acordo, tais como substituir as arcaicas locomotivas do metrô de Boston ou enviar trens à Malásia.

Foi assinado no final do mês passado um contrato milionário entre a China Railway Construction Corp e a Nigéria para construir uma linha ferroviária unindo Lagos, a capital econômica nigeriana, a Calabar - maior contrato feito por uma empresa chinesa no exterior.

No entanto, este megaprojeto foi rapidamente ofuscado em função da divulgação feita por um jornal chinês sobre Pequim estar negociando com a Índia a possibilidade de construir a primeira ferrovia de alta velocidade entre as cidades de Nova Deli e Chennai.

Consolidado como o país com a maior rede de trens de alta velocidade do mundo, a China também completou há meses uma linha ferroviária em Angola (que comprou 45% de sua produção petrolífera em 2013), e anunciou pouco antes que construirá uma via entre a capital do Quênia, Nairóbi, e Mombaça.

Ao finalizar em 2018 o corredor que substituirá o centenário Lunatic Express, mencionado em clássicos de Hemingway e Kapuscinsky, Pequim planeja estendê-lo a Uganda, Ruanda, Burundi e Sudão do Sul, um projeto que pretende mostrar que o 'sonho Africano' não se limita a um safari em busca de matérias-primas.

Aparentemente Pequim começa a modificar as regras após países africanos denunciarem em algumas ocasiões que a China transferia suas políticas trabalhistas exploratórias, tais como a baixa contratação de mão de obra local.

'Em algumas áreas as normas de trabalho chinesas já alcançaram padrões internacionais, por isso muitas pessoas estão mais dispostas a trabalhar para eles', disse à Agência Efe Eric Joshua, jornalista e produtor de cinema da Zâmbia.

No entanto, o país, que se beneficia destas construções em função do fato de proverem acesso a matérias-primas e agilizarem sua distribuição, permanece enfrentando críticas e receio de alguns países.

Recentemente, o presidente mexicano revogou uma licitação que havia sido concedida ao consórcio estatal chinês CRC para construir o primeiro trem de alta velocidade no país norte-americano em função de suspeitas sobre a transparência da competição.

A polêmica decisão coincidiu com a visita do presidente Enrique Peña Nieto à China por ocasião da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que aconteceu nos dias 10 e 11 de novembro, e representou uma crise diplomática entre México e China.

Enquanto o governo de Xi Jinping faz planos para impulsionar uma dupla 'Rota da Seda', terrestre e marítima, que dê um novo ar às rotas comerciais com a Ásia ocidental e do sul, os projetos chineses na América são percebidos, em algumas circunstâncias, como uma tentativa de fazer frente aos dos Estados Unidos na região Ásia-Pacífico.

Entre projetos colossais, a ideia da China, de unir as costas do Pacífico e do Atlântico através de uma linha ferroviária Peru-Brasil, recebe destaque, recebeu, inclusive, o beneplácito do presidente peruano, Ollana Humala, em sua visita a Pequim pela cúpula da Apec.

Projetos como a linha interoceânica, com a qual a China defende os seus interesses comerciais, diversifica as importações e espera reduzir os custos de transporte.

'Aparentemente o governo do presidente Xi Jinping reforçou a ênfase no desenvolvimento de infraestrutura', disse à Efe Alice Ekman, pesquisadora responsável pela China no Instituto Francês de Relações Internacionais (IFRI).

Alice acrescenta que estas construções 'são um dos eixos da estratégia de internacionalização da China e de suas grandes empresas estatais para diversificar a distribuição de energia'.

Este processo não tem previsão de recuo: um dos planos mais extravagantes de Pequim é construir uma linha de trem submarina sob o estreito de Bering, para unir a Sibéria ao Alasca e também conectar a China aos EUA.

Os dois maiores fabricantes de trens do país (China CNR Corp e CSR Corp), especialistas em trens de alta velocidade, estudam uma fusão, o que criaria um gigante no setor.

'A sabedoria chinesa para construir uma economia mundial aberta cresce a cada dia', se vangloriou recentemente um editorial da agência de notícias 'Xinhua'.

Fonte: Revista Exame - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=64361421&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Diretor da ANTT diz que ferrovia para Dourados está próxima da concessão

Grandes empresas, entre elas o Grupo JBS, acompanham estudos complementares e já manifestaram interesse no trecho
O diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Jorge Bastos, informou ao deputado federal Vander Loubet (PT) no final de novembro que o ramal da Ferrovia Norte-Sul que chegará a Dourados está na última etapa antes do processo de concessão à iniciativa privada pelo Governo Federal. A informação foi publicada no site do deputado.

Esta fase é a PMI (Manifestação de Interesse). Em outubro, o ex-secretário de Fazenda do Governo do Estado, Mário Sérgio Lorenzetto, revelou na sua coluna semanal no site campograndenews que este trecho, que liga Estrela D’Oeste (SP) a Dourados foi um dos que maior interesse despertou dos empresários que disputarão a concessão para operação. São 20 grupos empresariais, entre eles a J&F, empresa dona da JBS.

O PMI é um instrumento previsto no Decreto nº 5.977, de 1º de dezembro de 2006, pelo qual o setor público obtém, de consultores externos ou das empresas interessadas em disputar futuros contratos de concessão, estudos de viabilidade sobre projetos de infraestrutura. O PMI funciona como uma complementação dos estudos realizados pelo setor público.

“Essa é provavelmente a última etapa antes que o Governo prepare o edital de concessão dessa ferrovia. É uma obra muito aguardada pelo setor produtivo do nosso estado porque vai dinamizar a logística, vai agilizar o escoamento da nossa produção para os grandes portos do país. E isso é fundamental para reduzir o custo com frete, para baratear o preço final dos produtos que são exportados por MS”, diz Vander.

A ferrovia Estrela D’Oeste-Panorama-Dourados (EF-267) tem 681,6 quilômetros de extensão. Atravessa 19 municípios, sendo 12 no Estado de São Paulo e 7 em Mato Grosso do Sul (Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina, Angélica, Deodápolis e Dourados). Com um ramal de 40 quilômetros a partir de Brasilândia pode atender também a Três Lagoas.

O Governo não definiu ainda se oferece à iniciativa privada somente o trecho Dourados-Estrela D’Oeste ou integra a essa malha os trilhos até Anápolis (GO). Neste caso a ferrovia ficaria com 1.300 quilômetros. A definição vai depender da manifestação do interesse dos empresários. A Ferrovia Norte-Sul, da qual a EF-267 é um ramal, interligará o Brasil aos portos de Belém (PA), São Luís (MA), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). Ramais futuros inteligarão os trilhos a portos de Santa Catarina também.

O prefeito Murilo acompanha atentamente a movimentação sobre a implantação das ferrovias que atenderão Dourados. Além da EF-267, há em projeto a EF-487, que ligará Maracajú à Cascavel e Lapa (PR). Com isso Dourados será o grande modal de embarque e desembarque de mercadorias no Estado.

O prefeito tem ido várias vezes a Brasília acompanhar os projetos de infraestrutura que atendem Dourados e que tramitam no Governo Federal. Ele está também em constante contato com os deputados e senadores do Estado sempre acompanhando e defendendo os interesses de Dourados e região.

Fonte: Agora MS - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=11839307&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Produção da Ferroeste cresce 33% no segundo semestre

O avanço na produção da ferrovia ao longo dos seis últimos meses do ano terá como destaque um aumento de 60% no transporte de cargas destinadas à exportação.
A Estrada de Ferro Paraná Oeste – Ferroeste terá um aumento de 33% no índice do transporte de mercadorias no segundo semestre de 2014, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo estimativa da empresa.

O avanço na produção da ferrovia ao longo dos seis últimos meses do ano terá como destaque um aumento de 60% no transporte de cargas destinadas à exportação. Os produtos voltados para o comércio exterior têm como ponto de saída o Porto de Paranaguá.

Outra particularidade no transporte de cargas foi o significativo crescimento no fluxo interno da ferrovia paranaense. O fluxo interno se caracteriza pela movimentação de gêneros exclusivamente dentro da malha da Ferroeste, que liga os municípios de Cascavel e Guarapuava. O crescimento nesse segmento será muito expressivo, 88% em relação ao segundo semestre de 2013.

Em termos de desempenho, os melhores meses do semestre foram julho e agosto, segundo informações da diretoria de Produção.

Os principais produtos responsáveis pelo bom desempenho da empresa durante o segundo semestre de 2014 foram o milho, os fertilizantes, os contêineres frigorificados, e o óleo vegetal, nessa ordem.

Para obter esses resultados, além das melhorias técnicas e modernização do serviço ferroviário, a Ferroeste contou com a captação de novas demandas pelo setor comercial, com o aumento da safra de milho, e com a otimização do giro interno na malha da ferrovia.

Fonte: rc@ferroeste.pr.gov.br/Paranashop - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=40672681&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Obras do VLT são furtadas novamente em São Vicente

Na última segunda-feira, dois homens e duas mulheres foram presos após furtarem cinco metros de cabos de fio de cobre da obra.
Pela segunda vez na semana, bandidos furtam objetos da obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), em São Vicente. Dessa vez, o crime aconteceu na noite de quinta-feira (11), na Rua Cândido Mariano da Silva Rondon, 425, no Parque Bitaru.

Um vigilante contratado pela empreiteira chegou a lutar com o criminoso. A Guarda Civil Municipal chegou ao local no momento da confusão e prendeu em flagrante Valmir Conceição Ferreira, de 41 anos. Ele será indiciado por furto e lesão corporal.

O criminoso levou da obra 40 malhas de vergalhão e três latas de tinta vazias. O vigilante viu o suspeito carregando os objetos em um carrinho de supermercado e tentou impedi-lo de prosseguir.

Foi agredido com uma faca e um quadro de bicicleta, que também era transportado pelo criminoso. O vigilante recebeu atendimento médico no Hospital Municipal de São Vicente e, em seguida, recebeu alta.

Outra vez

Na última segunda-feira, dois homens e duas mulheres foram presos após furtarem cinco metros de cabos de fio de cobre da obra. Em depoimento à polícia, o próprio vigilante que lutou com o bandido na noite de quinta-feira relatou que os furtos viraram rotina por ali.

Responsável pela construção do VLT, o Consórcio Expresso VLT Baixada Santista informou que registrou boletim de ocorrência para que as autoridades apurem os crimes e tomem as medidas necessárias.

Fonte: A Tribuna - Santos/SP - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=70740780 
 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

MP exige do Metrô publicidade contra assédio sexual

Neste ano, houve quase duas ocorrências por semana nos trens e estações, incluindo a CPTM
Os casos de assédio sexual no Metrô de São Paulo viraram alvo do MPE (Ministério Público Estadual) após uma gafe publicitária da companhia. Uma inserção encomendada pela empresa no início do ano dizia que "trem lotado é bom para xavecar a mulherada". A peça foi ao ar na Rádio Transamérica e acabou criticada porque estimularia abusos contra as passageiras. Agora, a Promotoria de Direitos Humanos exigirá uma campanha que alerte para a necessidade de se denunciar o crime de assédio no sistema.

A medida é bem-vinda, uma vez que ainda são frequentes os episódios de violência. Neste ano, houve média de quase duas ocorrências por semana dentro dos trens e das estações, incluindo a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

De acordo com a promotora Paula de Figueiredo Silva, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) previsto para o início de 2015 estabelecerá as regras da campanha. Além do Metrô, assinarão o compromisso a Rádio Transamérica e a agência NovaSB, responsável pela peça que foi ao ar em março, levando o MPE a abrir o inquérito.

— Em vez de buscar um ressarcimento monetário, pensei em uma forma de compensação do dano por meio de uma campanha contra a violência sexual contra as mulheres. A minha ideia é que a empresa de publicidade faça a campanha e que o Metrô e a Rádio Transamérica usem seus espaços para divulgá-la.

Fonte: R7-SP - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=39070271&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
 
Com custo estimado em R$ 1,18 bi, VLT-Uberlândia só deve sair a partir de 2024

Para o geógrafo especialista em trânsito e mobilidade urbana, Vitor Ribeiro Filho, apesar do valor, o VLT é mais viável que o BRT (Bus Rapid Trânsit Trânsito Rápido de Ônibus)
O sonho uberlandense de ter Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) na cidade não deve sair do papel até 2024. A estimativa é do secretário de Trânsito e Transportes de Uberlândia, Alexandre Andrade. Ele afirmou que a implantação do modal é para daqui cerca de dez anos. Um grupo de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) realizou o estudo de viabilidade do VLT na cidade. A pesquisa começou no fim de 2012, teve como parâmetros cidades europeias que já possuem o sistema e cidades brasileiras que estão implementando esse tipo de transporte e foi apresentada à comunidade e autoridades durante audiência pública realizada na última terça-feira (2).

Pelos estudos feitos em Uberlândia, seria possível criar duas linhas de VLT. Foram apresentadas três opções para o trajeto de 7 km que ligaria o bairro Fundinho, setor central, ao bairro Alto Umuarama, na zona leste. Existem também duas possibilidades para o percurso de 18 km do aeroporto, zona leste, até o bairro Osvaldo Rezende, setor central da cidade [veja arte com as opções nesta página]. No cenário mais econômico, a implantação do VLT em Uberlândia custaria R$ 1,04 bilhão. Optando pelos trajetos mais caros, a instalação do modal seria no valor de R$ 1,18 bilhão. Além disso, o custo operacional do VLT seria de R$ 49 milhões por mês.

“Hoje, o modal da maneira que está colocado fica um pouco distante da realidade de investimento do poder público, mas é importante que Uberlândia se prepare para esse meio de transporte. A gente não sabe quando pode existir uma fonte de recurso, por que a prefeitura por si só não conta com toda a verba. No futuro, o governo federal pode lançar um PAC ou programa de expansão que garanta esse modo de transporte. Quem já tiver o projeto em mãos vai sair na frente”, afirmou Andrade.

A proposta do VLT continuará aberta para discussão pública até 5 de fevereiro de 2015. As críticas e sugestões podem ser registradas no site do projeto (www.vltuberlandia.com). O estudo completo ainda deve ser concluído e será entregue à prefeitura em março de 2015. De acordo com o secretário, depois que a administração estiver com o projeto, começarão as articulações com iniciativas privadas e governos estadual e federal para tentar os aportes de recursos.

Na avaliação da coordenadora do projeto, Marlene Colesanti, o VLT é o transporte do futuro. “Ele não polui, não faz barulho, é mais rápido e confortável. Além disso, consegue transportar mais de 200 passageiros. O custo-benefício dele é baixo. A vida útil do VLT é de 30 anos, enquanto do ônibus é de, em média, de sete anos.”

Para o geógrafo especialista em trânsito e mobilidade urbana, Vitor Ribeiro Filho, apesar do valor, o VLT é mais viável que o BRT (Bus Rapid Trânsit – Trânsito Rápido de Ônibus) porque comporta mais pessoas, tem mais conforto, segurança e é sustentável. Contudo, é preciso ter os dois sistemas. “O custo-benefício compensa. É importante para a cidade e para a população ter mais de uma opção de transporte e ter mais modais integrados. Os ônibus, o VLT e as ciclovias têm de ser integrados para funcionar melhor e atender melhor às necessidades de mobilidade dos uberlandenses”, disse Ribeiro.

Projeto complementa corredores e futuras ciclovias

O estudo da viabilidade de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em Uberlândia foi feito pensando em complementar o atual sistema de transporte público. Também para ser integrado com o atual corredor de ônibus, com os novos cinco corredores – que devem comportar o Bus Rapid Trânsit (BRT), com previsão de conclusão no fim de 2016 -, e com ciclovias que também devem ser construídas. Por isso, de acordo com o professor do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) William Rodrigues Ferreira, que participou da pesquisa, o VLT não contempla mais bairros da cidade.

“O VLT não é para concorrer com os ônibus. É para atender locais onde não estão programados corredores. Outro fator levado em conta é que o VLT não sobe grandes declives. Tem de ser implementado em lugares com relevo mais plano, com inclinação máxima de 5 graus”, disse William Ferreira.

Para o geógrafo especialista em trânsito e mobilidade urbana, Vitor Ribeiro Filho, outras localidades também deveriam ser contempladas com o VLT. “Não adianta colocar só em um setor da cidade. Poderia ter sido pensado para passar nos novos corredores do BRT. Assim, a população de todos os setores de Uberlândia teria acesso a ônibus, VLT e ciclovia. Isso é possível, desde que haja sincronização entre os dois transportes.”

Administração pretende ampliar malha cicloviária

O projeto de implantação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em Uberlândia também foi feito para ser integrado a ciclovias, que ainda não existem na cidade. Segundo o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Alexandre Andrade, a atual administração tem a intenção de ampliar a malha cicloviária de Uberlândia. “Nós temos deficiência de ciclovias, mas estamos analisando as possibilidades de locais para implantação de novas vias exclusivas para bicicletas em Uberlândia. No ano que vem devemos apresentar um projeto de novas ciclovias”, afirmou Andrade.

Fonte: Correio de Uberlândia - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=24246355&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
VLI tem plano de investir R$ 9 bi e dobrar capacidade

Os investimentos da VLI ocorrem após conclusão, há quatro meses, de uma capitalização de R$ 2 bilhões com a entrada de novos acionistas no bloco de controle.
A Valor da Logística Integrada (VLI), empresa criada em 2010 que "herdou" os ativos logísticos da mineradora Vale, completou sua capitalização e agora dedica as atenções à estruturação operacional do negócio. Estão previstos R$ 9 bilhões de investimentos até 2018, entre capital próprio e financiamento, para dobrar a capacidade de movimentação do sistema. Paralelamente ao plano, a empresa negocia a devolução de trechos de ferrovia à União e já se prepara para atuar no novo modelo de operação ferroviária criado pelo governo Dilma Rousseff.

Os investimentos da VLI ocorrem após conclusão, há quatro meses, de uma capitalização de R$ 2 bilhões com a entrada de novos acionistas no bloco de controle. Um fundo gerido pela Brookfield Asset Management comprou 26,5%. A japonesa Mitsui adquiriu 20% e mais 15,9% ficaram com Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). A estratégia da Vale, que ganhou R$ 2,7 bilhões com a redução de sua participação para 37,6%, era reduzir a exposição a ativos não principais.

Marcello Spinelli, presidente da VLI, disse ao Valor - em sua primeira entrevista após a nova estrutura societária -, que seu principal desafio agora é "montar" a estrutura operacional da empresa. "No fundo, a VLI ainda é um quebra-cabeça e nós estamos preenchendo as peças. O sistema não está completo", resume.

Entre os principais investimentos, está obra de R$ 2,2 bilhões no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), em Cubatão (SP). Hoje, o terminal voltado à descarga de enxofre, rocha fosfática, fertilizantes e amônia e está apto a movimentar 2,6 milhões de toneladas ao ano. No futuro, vai movimentar também grãos e açúcar e ainda quintuplicar a capacidade atual para 14,7 milhões de toneladas/ano. A previsão é concluir as obras em 2016.

Outro investimento é o montante de R$ 3,5 bilhões destinado à megacompra de 10 mil vagões e 220 locomotivas. Neste ano, já foram compradas 42 locomotivas (sendo 34 de fabricação no Brasil) e 2.155 vagões, todos nacionais.

Spinelli diz que, apesar dos investimentos em material rodante, a empresa tem que dedicar esforços à melhoria nas extremidades do sistema operacional, o que significa melhorar terminais e portos. "Hoje, o trem fica 40% do tempo da viagem parado nas pontas. Então, não adianta ter um trem com velocidade supersônica e ficar esperando no porto". Por isso, se inspirou no conceito operacional da Vale ao controlar terminais no interior, ferrovias e portos. "Montamos um modelo que não é uma grande novidade, mas é um conceito vencedor para grandes escalas", diz.

A VLI controla duas concessionárias de ferrovia. Uma delas é a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), com 7,2 mil km de extensão e passa por Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, Goiás, Bahia, São Paulo e Distrito Federal. A outra é a Ferrovia Norte-Sul, com 720 km de linha de Açailândia (MA) a Porto Nacional (TO). Além disso, tem contratos para transportar cargas nas ferrovias sob concessão da Vale: Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC).

No ano passado, com transporte de 46 milhões de toneladas, entre produtos agrícolas (um terço), siderúrgicos (outro terço) e industrializados, a VLI teve receita líquida de R$ 2,6 bilhões. Em 2014, até o terceiro trimestre, foram 35,5 milhões de toneladas.

Com a expansão, o transporte e embarque de açúcar (4 milhões de toneladas) e de fertilizantes vão ganhar destaque no mix de cargas. Assim, o segmento agrícola ampliará seu peso no total.

A empresa descarta participar de leilões de concessão de ferrovias a serem leiloadas pelo governo federal. No entanto, diz ter interesse em trabalhar como transportador na malha a ser construída. No modelo criado pelo governo, um concessionário (o chamado gestor de infraestrutura ferroviária, ou GIF) assume o contrato para a construção e manutenção da via, mas não pode transportar carga. A estatal federal Valec é quem assume a comercialização da capacidade da via a diferentes transportadores - o operador ferroviária independente, ou OFI. "Temos total interesse em participar do PIL [Programa de Investimentos em Logística, o pacote de concessões]. Não como concessionário de infraestrutura, mas sim como OFI", diz Spinelli.

O executivo revela ainda que a empresa já registrou no governo um pedido para se tornar transportadora no trecho da Norte-Sul recém-concluído pela Valec de Anápolis (GO) a Palmas (TO). "Hoje, o trecho está parado. Porque, depois de a ferrovia estar pronta, tem que fazer toda a infraestrutura que nasce em volta, como terminais. Para carregar grãos, é um ano pelo menos", afirma. A VLI atuaria nesse novo trecho sob um regime em que a Valec controla a infraestrutura ferroviária e vende cotas de movimentação a diferentes interessados privados - a VLI seria um deles. O trecho atraiu pelo menos mais um transportador, mas a estatal não divulga o nome dos que se manifestaram, justificando que o processo é sigiloso.

Paralelamente à vontade de participar do novo modelo, a VLI continua negociando com o governo a devolução de trechos da ferrovia da FCA à União. A negociação mais fácil foi a de trechos considerados antieconômicos, que já estavam sem operação por ausência de demanda. Nesses casos, os investimentos que seriam necessários para recuperar as condições da via foram convertidos em obras em trechos com transporte regular, como obras para melhoria de cruzamentos em espaços urbanos.

O investimento alcança R$ 956 milhões, informou a VLI, a serem feitos até o fim da concessão. "A grande negociação foi de quanto seria esse valor. Foi ótimo, excelente. O bom acordo é aquele que você resolve problemas. Nós resolvemos esse", afirma Spinelli.

Além dos trechos "antieconômicos", o governo federal requereu a devolução de linhas da FCA em operação. O objetivo é fazê-las se integrar ou se conectar com os trechos do novo modelo de ferrovias do país. A FCA concordou em devolver, ficando garantida à empresa uma quantidade pré-definida de capacidade operacional a ser utilizada pela FCA nos novos trechos do PIL. A empresa segue operando esses trechos até que o PIL entre em operação ou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorize a desmobilização.

Fonte: Valor Econômico/Revista Ferroviária - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=52529378&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Simefre destaca desempenho acima do esperado da indústria ferroviária

Até outubro deste ano, foram entregues 4.067 vagões, número que deve alcançar 4.500 vagões até o fim de 2014, ante previsão inicial de 3.500.
Estadao Conteudo / Stefânia Akel

A indústria ferroviária teve desempenho acima das expectativas em 2014, tanto em termos de carga quanto de passageiros, segundo dados do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre). De acordo com o Sindicato, as previsões de investimentos elevados por parte das concessionárias ferroviárias de carga, assim como esforços do governo federal para melhoria da mobilidade urbana e as alterações na área econômica mantêm a indústria otimista para 2015, apesar da previsão de um ano difícil e de mudanças.

Até outubro deste ano, foram entregues 4.067 vagões, número que deve alcançar 4.500 vagões até o fim de 2014, ante previsão inicial de 3.500. Na comparação com 2013, quando foram entregues 2280 vagões, o volume quase dobrou. Nos primeiros dez meses de 2014, foram entregues 52 locomotivas, número considerado muito baixo, mas que deve chegar ao total de 80 no ano, mantendo o volume de 2013. O mercado de carros de passageiros entregou 320 carros até outubro, com previsão de fechar o ano em 394, o que representa alta de 80% em relação aos 219 carros entregues em 2013.

Segundo o Simefre, os investimentos previstos para os anos de 2014 a 2016 estão entre R$ 400 milhões e R$ 600 milhões. A entidade ressaltou que o governo manteve os incentivos já concedidos anteriormente, como a desoneração da folha de pagamentos e o Reintegra. No entanto, o sindicato não espera a manutenção dos financiamentos em condições tão competitivas para 2015 e torce para que o governo federal implemente o Programa de Renovação da Frota de Vagões e Locomotivas.

"A indústria ferroviária instalada no Brasil é competitiva. Há, entretanto, variáveis que têm que ser levadas em consideração, como a valorização excessiva do real e a instabilidade na flutuação do câmbio", apontou o vice-presidente do Simefre, Luiz Fernando Ferrari.

Perspectivas

O setor prevê mudanças para o próximo ano, principalmente em razão da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff. "O ano de 2015 vai ser difícil, então é uma previsão bem realista repetir tanto no mercado interno, quanto no externo, o desempenho deste ano", afirmou César Pissetti, diretor comercial de ferrovias da Randon e vice-presidente do Simefre. A entidade estima para 2015 a produção e entrega de cerca de 4 mil vagões (75 para exportação), 90 locomotivas (10 para exportação) e 420 carros de passageiros (90 para exportação), com faturamento levemente superior ao de 2014.

Fonte: Estadao - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=50292575&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Alstom avança com a montagem de equipamentos em sua fábrica de VLT

A nova linha de Taubaté irá apoiar os projetos da Alstom no Brasil, além de exportar para a América Latina, e se beneficiará da experiência da Alstom em outras linhas de VLT, como Barcelona (Espanha) e La Rochelle (França).
Em fase final da construção civil de sua fábrica de Veículos Leves sobre Trilhos, a Alstom avançou com a montagem e instalação dos equipamentos responsáveis pela movimentação de carga na produção dos trens. As pontes rolantes, finalizadas recentemente, atuam transportando toda a carga ao longo do galpão. No total, são três pontes que medem entre 25 e 26 metros e possuem capacidade de até 10 toneladas. O transborder, que está em fase de montagem, é o maior equipamento estrutural da fábrica, medindo 48 metros e com capacidade de 144 toneladas. Ele será responsável por realizar a transferência de uma composição completa entre as linhas da fábrica. Além disso, também foram implantadas, nesta fase, três mesas giratórias, chamadas turn table e mais três JibCranes que estão localizados, especificamente, no fitting, que é considerada a principal fase do processo produtivo.

Os próximos passos são finalização das instalações e comissionamento da planta, bem como a liberação para a montagem dos dispositivos e ferramentas. “Com a parte civil interna praticamente encerrada, avançamos rapidamente nas instalações dos equipamentos. A fábrica está caminhando a todo vapor e será, sem dúvida, um importante marco para a evolução da mobilidade no Brasil,” afirma Michel Boccaccio, Vice Presidente Sênior da Alstom Transporte na América Latina.

A nova linha de Taubaté irá apoiar os projetos da Alstom no Brasil, além de exportar para a América Latina, e se beneficiará da experiência da Alstom em outras linhas de VLT, como Barcelona (Espanha) e La Rochelle (França). Em operação total, a linha irá gerar cerca de 150 empregos diretos. A empresa já começou o treinamento profissional para futuros funcionários. A linha representa um investimento de cerca de 15 milhões de euros (50 milhões de reais).

Fonte: PortoGente - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=11540882&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
 
Sydney terá VLT mais longo do mundo

Sydney já teve a maior rede de bondes do hemisfério sul.
Por  Renato Lobo

A administração pública da cidade de Sydney planeja aumentar a capacidade do sistema de transporte do Veículo leve Sobre Trilhos na cidade. O Governo apresentou uma série de melhorias para a rede incluindo composições de 54 metros. Para níveis de comparação, o VLT de Santos possuí 45 metros de comprimento, e compostos por 7 módulos (vagões).

O Ministro dos Transportes Gladys Berejiklian disse que “a proposta é transportar até 15 por cento a mais de passageiros em horários de pico dia, e 33 por cento a mais em ofertas de lugares durante o dia. Esta é uma grande notícia para os clientes que terão uma nova rede que atende o crescimento da economia”

Sydney já teve a maior rede de bondes do hemisfério sul. Em 1945 eram feitas 405 milhões de viagens. O sistema foi inaugurado em 1861 até sua extinção em nos anos 50. Em 1997, os chamados “trams” voltaram para a capital, na forma de VLT entre o Centro e Pyrmont. Uma segunda linha é planejada para operar em meados de 2020.

Fonte: Via Trolebus - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=58566647&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Novos trens farão rota Londres a Paris em menos tempo

Com informações do Portal Panrotas
As viagens de trem entre Londres e Paris vão ficar mais rápidas no final do próximo ano. A Eurostar anunciou a compra de 17 novos trens na rota, que farão a viagem 15 minutos mais rápidas. O novo modelo E320 alcança até 320 quilômestros por hora e tem capacidade para transportar 894 passageios, 20% a mais do que a capacidade atual.

Tanto o exterior como o interior dos trens foi projetado pela Pininfarina, responsável pelo design dos automóveis da marca Ferrari. Entre as características dos nvos trens estão: mais espaços entre as poltronas, assentos maiores, ergonômicos e reclináveis, além de maior espaço entre as poltronas. Cada assento terá tomada e entrada USB e, de quebra, internet Wi-Fi gratuita em todos os vagões.

Além das rotas principais, que incluem Paris, Bruxelas e Lille, a Eurostar também atende outros destinos como Genebra e os Alpes franceses e suíços. Em maio do próximo ano, a empresa irá lançar uma novo serviço até Provence, com paradas em Lyon, Avignon e Marselha. Já em 2016, a novidade será o lançamento de uma rota direta para Amsterdã, com paradas na Antuérpia, Roterdã e Schipol. No Brasil, os ingressos da Eurostar podem ser comprados pela Rail Europe.

http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=13351169&id_grupo=1&id_canal=1&p=1

Agetransp multa SuperVia por incidentes no sistema ferroviário

O conselho diretor decidiu aplicar multa de R$ 39.145,58 pelo descarrilamento de um trem, na manhã do dia 26 de fevereiro de 2013
Em sessão regulatória realizada na tarde de quarta-feira (3), o conselho diretor da Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) decidiu aplicar três multas à concessionária Supervia, que somam R$ 102.841,08, por incidentes no sistema ferroviário. Durante a sessão, o conselho ainda negou provimento a dois recursos da concessionária e manteve outras duas penalidades, que chegam a R$ 65.097,57. Assim, o total de penalidades somou R$ 167.938,65.

O conselho diretor decidiu aplicar multa de R$ 39.145,58 pelo descarrilamento de um trem, na manhã do dia 26 de fevereiro de 2013, junto a uma plataforma no pátio da estação Dom Pedro II (Central do Brasil). Laudo técnico elaborado pela Câmara Técnica de Transportes e Rodovias (Catra) constatou que o incidente ocorreu por falha na manutenção da via permanente. Em decorrência do incidente, os trens dos ramais Japeri e Santa Cruz circularam com intervalos irregulares.

O conselho decidiu aplicar multa de R$ 35.769,40 pelo incidente ocorrido com um trem, no dia 22 de março de 2012, próximo à estação Engenho Novo. Na ocasião, a composição perdeu tração e foi aplicada frenagem de emergência. Relatório da câmara técnica constatou como causa provável uma falha na manutenção preventiva do conjunto de baterias do trem. A concessionária ainda demorou mais de dois anos para apresentar os esclarecimentos solicitados a esta agência reguladora.

A terceira multa, no valor  de R$ 27.926,10, é referente ao processo que apurou a situação da cobertura da plataforma 1 da estação Belford Roxo, retirada em 2010. Relatório técnico constatou que a concessionária não apresentou justificativa para que houvesse a remoção da cobertura da plataforma, que provoca perda nas condições de conforto aos usuários. Na decisão, foi estipulado prazo de 15 dias para a concessionária apresentar projeto de adequação da cobertura da estação Belford Roxo.

Recursos

Na mesma sessão, foram negados provimentos a dois recursos e mantidas duas multas para a Supervia. Uma das penalidades, no valor de R$ 39.145,57, refere-se a um incidente ocasionado pelo engastalhamento de um pantógrafo, equipamento que liga o trem à rede aérea, no dia 22 de fevereiro de 2013, em Deodoro. Na ocasião, houve desembarque de passageiros na via férrea e um impacto na operação, com 31 atrasos e cinco viagens suprimidas. A provável causa do problema foi fadiga ou defeito interno de um dos componentes do equipamento.

A outra penalidade, de R$ 25.952,00, refere-se à determinação prevista na deliberação nº 387 de 27 de novembro de 2012. De acordo com a decisão, a Supervia deveria identificar as principais causas dos erros, falhas, faltas e/ou lapsos, originados pela ação de maquinistas e controladores de tráfego e apresentar, em 60 dias, um procedimento para evitar os avanços de sinais no sistema ferroviário.  Além de não atender ao prazo estipulado, a manifestação da concessionária foi considerada insuficiente pela Procuradoria Geral da Agetransp.

Fonte: Jornal do Brasil - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=59112266&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Santos Brasil implanta agendamento ferroviário para contêineres

O agendamento é realizado pelo site da empresa.
A Santos Brasil, prestadora de serviços portuários e logísticos, implantou o Sistema de Agendamento Ferroviário (SAF) no Tecon Santos, maior terminal de contêineres da América do Sul. A empresa informou que este serviço já era utilizado para o modal rodoviário e está disponível de forma permanente para o ferroviário, depois de ter passado por um período de testes, desde outubro deste ano. O agendamento é realizado pelo site da empresa.

A aposta da companhia com o SAF é que haja crescimento do número de contêineres movimentados por hora no Tecon. A previsão é de que a produtividade aumente de 10 para 22 contêineres movimentados por hora na operação de vagões no terminal, incremento de 120% na performance das operações de ferrovia.

"Com a implantação do sistema, as operações neste modal tornaram-se mais ágeis e eficazes, principalmente porque passamos a usar coletores de dados nos ramais ferroviários. Estes equipamentos reconhecem as informações dos contêineres e as enviam automaticamente para o SAF, permitindo a liberação dos trens de maneira mais rápida. O novo sistema vai beneficiar diretamente os operadores logísticos, exportadores e importadores, de uma maneira geral", afirma Ricardo Molitzas, diretor de operações portuárias e logísticas da Santos Brasil.

O SAF está integrado à operação de novas máquinas do tipo RTG (sigla em inglês para Rubber Tyres Gantry), que possibilitam a pesagem de contêineres nos próprios ramais ferroviários, sem a necessidade de utilizar balanças em outros pontos do terminal.

A Santos Brasil ressalta ainda que o cliente tem a opção de obter faturas por trem, possibilitando um controle financeiro mais apurado. “Além disso, o faturamento digital mitiga riscos de extravio e manipulação de documentos, oferecendo mais segurança", salienta Ricardo Molitzas. Além do Tecon Santos, a companhia opera mais dois terminais de contêineres - Vila do Conde (PA) e Imbituba (SC) - e um terminal de veículos (TEV) no Porto de Santos.

Fonte: Revista Ferroviária - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=7793732&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

PF indicia 33 por cartel de trens em São Paulo

Ex-governador José Serra (PSDB) foi intimado para depor, mas não foi indiciado
Direto da Fonte: http://bit.ly/1wzkbay

A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o cartel metroferroviário que operou em São Paulo entre 1998 e 2008. Foram indiciados 33 investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório. Cerca de R$ 60 milhões dos alvos estão bloqueados. O inquérito chegou à Justiça Federal na segunda-feira (1).

Entre os indiciados estão servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de multinacionais do setor que teriam participado do conluio para obter contratos com o Metrô de São Paulo e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). "A vítima é a sociedade", avalia a Polícia Federal.

As duas estatais "foram usadas, foram vítimas" do ajuste das empresas. O relatório final mostra que ex-dirigentes foram enquadrados, como João Roberto Zaniboni, que integrou os quadros da CPTM entre 1999 e 2003. Também foi indiciado o consultor Arthur Teixeira, apontado como lobista e pagador de propinas.

O ex-governador e senador eleito José Serra (PSDB), intimado para depor como "investigado", não foi indiciado. A PF não identificou ligação do tucano com o cartel, nem com crimes transnacionais (lavagem de dinheiro e evasão).

Serra foi citado por um ex-executivo da Siemens, Nelson Marchetti, segundo o qual o então governador paulista, em 2008, o teria advertido para que a multinacional alemã não entrasse com ação na Justiça contestando a contratação da espanhola CAF na licitação para compra de 384 carros da CPTM. Serra desmentiu o executivo.

Em acordo de leniência firmado em 2013 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Siemens revelou que o cartel agiu durante pelo menos uma década - governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

Delator

Em outubro de 2013, a PF tomou depoimentos de dois ex-diretores da Siemens, em delação premiada. Everton Rheinheimer, um dos delatores, citou deputados como supostos beneficiários de propinas do cartel.

Os autos foram remetidos ao Supremo Tribunal Federal, que detém competência para processar parlamentares. Em fevereiro de 2014, o STF devolveu à PF em São Paulo a parte da investigação que não atinge autoridades com foro privilegiado. A PF deu início a uma longa bateria de depoimentos e laudos financeiros que confirmam o fluxo de recursos ilícitos em contas dos suspeitos.

Alguns investigados já haviam sido indiciados antes da remessa do inquérito ao STF. A outra parte foi enquadrada após o retorno dos autos.

Os alvos foram indiciados a partir de envolvimento com ilícitos de competência federal - os crimes transnacionais, evasão e lavagem, e os crimes conexos, cartel e violação ao artigo 92 da Lei de Licitações por mudanças de contratos.

A delação de Rheinheimer foi ratificada pelas provas reunidas no inquérito. A PF empenhou-se em cumprir sua missão para não deixar sem resposta a sociedade sobre o cartel.

Os quase R$ 60 milhões dos investigados já tinham sido embargados pela Justiça em outubro de 2013, a pedido da PF. Os ativos continuam bloqueados.

O advogado Eduardo Carnelós, que defende Arthur Teixeira, rechaça a suspeita. "O sr. Arthur nunca foi lobista."

Zaniboni mantinha conta secreta na Suíça com saldo de US$ 826 mil. O dinheiro, segundo seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, já foi repatriado pelo próprio Zaniboni, com recolhimento de impostos. Ontem, uma delegação de procuradores e promotores brasileiros iniciou em Berna reuniões com o Ministério Público da Suíça. A meta é identificar o percurso do dinheiro encontrado em contas em Zurique.

Fonte: R7-SP - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=6002795&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
LT inicia viagens nas linhas férreas de Natal

O trem é barulhento, quente, tem cadeiras quebradas, algumas portas não fecham, atrasa muito e às vezes quebra. Já fiquei na estrada à noite e tive que pegar dois ônibus, disse o comerciante Sandro Azevedo.
Foto:Humberto Sales |  Portal Tribuna do Norte

Para alguns foi surpresa chegar à estação de trem nessa terça-feira (2) e encontrar o moderno Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pronto para a primeira viagem em Natal. O preço da passagem continua R$ 0,50. A pontualidade chamou atenção com saída às 8h16 para Parnamirim.

Duas locomotivas passam a dividir as 24 viagens diárias entre Natal, Parnamirim e Ceará-Mirim com duas composições do VLT. Em até 15 dias, serão três, das 12 que o Estado receberá. A expectativa é de que em 2016 o sistema possa ser utilizado integralmente.

A imagem mudou. A enfermeira Eva Maria das Neves parabeniza o Rio Grande do Norte e delineia: “agora temos conforto, agilidade, comodidade, ar condicionado e tranquilidade, além de visibilidade da estrada”, diz.

A velocidade continua próxima ao do trem, cerca de 30 Km por hora, já que as linhas ainda operam junto com as locomotivas e os horários precisam permanecer os mesmos. Quando somente VLTs estiverem em circulação, a velocidade deve subir para 80 Km por hora. Por enquanto, o número de passageiros que suporta também continua próxima ao dos trens, com capacidade para 130 sentados e 445 em pé.

A operação branca, como está chamando a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), tem como objetivo inserir as novas máquinas gradualmente, de início em horários intermediários e com menor fluxo de passageiros. De acordo com a coordenadora do projeto VLT Natal, Dulce Albuquerque, será feito um estudo para identificar os horários em que a demanda é maior. “Cada composição conta com três carros, mas podemos acoplar mais em uma única viagem”, explicou.

A adequação também depende da modernização e ampliação da malha ferroviária. O projeto já foi licitado e deve ser entregue no início do segundo semestre de 2015, com custo estimado de R$ 311 milhões. Junto com a aquisição das máquinas o valor total chega próximo a R$ 500 milhões e foi assegurado pelo Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade e Equipamentos do governo Federal.

O percurso será automatizado, com GPS, acionamento de cancelas, 30 novas estações que terão projeto paisagístico e acessibilidade, linha duplicada e a retirada de interferências do tráfego rodoviário. Isso significa construção de túneis  e viadutos.

Dulce Albuquerque disse ainda que o projeto irá contemplar outros municípios em nova fase. Nísia Floresta, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e São José de Mipibu deverão ser beneficiados, além da capital potiguar, que ganhará duas linhas interbairros.

Fonte: Portal Tribuna do Norte - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=34880612&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Proposta do VLT é apresentada à população de Uberlândia

Evento aconteceu nesta terça-feira (2) e reuniu profissionais e estudantes. Foram discutidos custos e rotas do novo meio de transporte.
Foi realizada nesta terça-feira (2), em Uberlândia, a audiência pública que discutiu a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na cidade. A reunião ocorreu no Center Convention e reuniu autoridades e estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Entre os assuntos foram apresentados os custos do projeto e as rotas do novo tipo de transporte público.

Estudos realizados pela universidade apontam que a implantação do VLT na cidade custará cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Para chegar a este orçamento, a UFU consultou projetos semelhantes em construção no Brasil e fez cotação de preços junto a fornecedores. “Trata-se de uma estimativa feita pelo curso de Economia que se baseou nos projetos já existentes e que estão em construção no país, como o VLT de Cuiabá e Goiânia. Além disso, fizemos cotações diretas com fornecedores, mas tendo em mente que se trata de uma estimativa, pois na fase inicial do projeto não se tem detalhamento suficiente para orçar minuciosamente”, afirma o coordenador técnico Edson Pístori.

Os custos não se resumem apenas à implantação do sistema de transporte coletivo. Segundo Pístori, a estimativa é que a Linha Lilás teria custo de manutenção de R$ 20 milhões e a Linha Verde cerca de R$ 29 milhões por mês. “É claro que esse valor é rebatido com receitas que o VLT passa a ter, que são as passagens pagas pelos passageiros, recursos com publicidade dentro e fora dos trens e acréscimo no valor do IPTU com a valorização das áreas por onde as linhas do VLT passam”, explica.

Também durante a audiência pública foram discutidos os percursos do veículo leve sobre trilhos. Pela proposta inicial seriam implantadas duas linhas de circulação para o VLT. A Linha Lilás ligará o Bairro Fundinho, passando pelo Centro e indo até o Bairro Umuarama 2 com percurso de 6,92 quilômetros, 23 estações e capacidade para transportar 65 mil passageiros ao dia. Na Linha Lilás, os trens circularão ocupando uma faixa da Avenida Afonso Pena e outra faixa da Avenida Floriano Peixoto.

Já a Linha Verde, o VLT partirá do Bairro Daniel Fonseca, iniciando na altura da Ponte do Vau passando pelas margens do Rio Uberabinha, seguindo pelas Avenidas Rondon Pacheco e Anselmo Alves dos Santos com parada final no Aeroporto de Uberlândia.  Essa linha terá 17,5 quilômetros e 19 estações com previsão para atender uma demanda diária de 15.400 passageiros.

“Agora cabe à Prefeitura de Uberlândia ter um projeto básico bem definido e, à medida que surgirem oportunidades de financiamento em nível federal ou de incentivo a esse tipo de transporte, Uberlândia já esteja apto a isso. A perspectiva é que até nos próximos 10 anos a população da cidade possa usufruir desse meio de transporte”, disse o secretário municipal de Trânsito e Transportes.

Fonte: Do G1 Triângulo Mineiro - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=20353215&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 
Especialista defende implantação de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Manaus

Apesar de ser mais caro que o Bus Rapid Sistem (BRT), veículo sobre trilhos ocupa menos espaço e se mostra mais vantajoso a longo prazo
Para o chefe do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Geraldo Alves, o sistema de transporte público VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é o mais adequado à realidade urbana de Manaus. O prefeito Artur Neto (PSDB) afirmou, na edição de ontem de A CRÍTICA, que o VLT é uma opção e que particularmente é o que mais o agradou. Artur disse que não dá mais para adiar a discussão e que vai lutar por financiamento do Governo Federal para o novo modal.

Em entrevista concedida por telefone no sábado, Geraldo Alves disse que o BRT (Bus Rapid Sistem) “terá sérios problemas” para ser implantado em Manaus. Para que o sistema funcione satisfatoriamente, ele afirmou que é necessário um sistema viário com amplas avenidas e vias paralelas. De acordo com o professor, para atender o sistema, seriam necessárias três faixas exclusivas, no mínimo, tendo como o ideal quatro faixas. “Em uma cidade planejada, como Curitiba, o BRT funciona porque você tem vias paralelas para onde se direciona o fluxo de automóveis mistos. O problema é que Manaus não tem vias paralelas”, disse.

“Usando como exemplo a avenida general Rodrigo Otávio, como vamos colocar com três faixas de rolamento e o que vamos fazer com o restante do trânsito nessa via que é crucial para a cidade?”, questionou. “Manaus tem motivos de sobras para escolher um sistema sobre trilhos”, afirmou. O professor disse que o que tem motivado a preferência das administrações pelo BRT é menor custo, em comparação com outros sistemas, e o menor tempo de implantação.

“Se a gente comparar o BRT e com VLT, que tem um custo um pouco maior de implantação, a vida útil do sistema rodante (o veículo) do VLT é cinco vezes maior que a do BRT. O ônibus do BRT tem seis anos e o veículo de trilho tem 30 anos de vida útil. Quando a gente considera que vamos ter que trocar o sistema rodante do BRT cinco vezes no mesmo período que o VLT vai precisar de uma só troca, os custos vão se equiparar. E o BRT fica até um pouquinho mais caro”, afirmou.

Segundo o professor, o sistema de trilhos tem um alto nível de confiabilidade e maior pontualidade. Além de ocupar apenas uma faixa para ida e vinda, o que demanda menos espaço. “O sistema sobre trilhos tem se mostrado extremamente eficaz mundo afora e é o que melhor vai atender a nossa demanda”, afirmou. “O uso somente do sistema de ônibus convencional atende a uma demanda de cidades de médio porte, não de Manaus, que é uma grande capital. Precisamos de um sistema robusto, de média capacidade”, completou Alves.

Projeto exige uma política de Estado

Geraldo Alves defendeu que o projeto a ser implantado tem que ser tratado nos moldes de uma política de Estado e não de governo. “Tem que haver continuidade. Isso deve ser pensado para além de quatro anos (período de um mandato)”, disse.

“Precisamos de um projeto à altura de uma cidade que não investe no transporte coletivo há muito tempo. Precisamos de um projeto com uma margem maior de tempo para ser executado e com um investimento alto. Não precisa ser um projeto de R$ 2 bilhões implantado em dois anos. Pode ser um projeto com esse valor executado em quatro, seis, oito anos. A prefeitura tem que ir atrás de investimentos e se qualificar para receber”, afirmou.

O professor disse que, antes de tudo, o projeto a ser implantado “precisa atender ao princípio de democracia”. “A sociedade não tem sido procurada para o diálogo. As decisões são tomadas de cima para baixo. O projeto não deve ser do governante A ou B. Deve ser um projeto para a sociedade, que tem o direito de se posicionar”, pontuou Geraldo Alves.

Prefeito tem preferência pelo sistema

Em entrevista para A CRÍTICA na edição de ontem, o prefeito Artur Neto também demonstrou preferência pelo VLT. “Eu, particularmente, gosto muito do VLT. É uma tecnologia francesa. É mais caro, mas exige um espaço menor das vias públicas e transporta muitas pessoas e com qualidade”, afirmou. Artur, porém, disse que a escolha pelo novo sistema depende de discussão e que será feita de acordo com os dados técnicos que a prefeitura possui. “Agora, a gente tem que fazer. O que não pode é não fazer”, afirmou. “A gente tem que olhar todas as possibilidades. Escolher uma. E brigar pelo financiamento”, completou. O prefeito se reúne essa semana com o governador José Melo (Pros) para conversar sobre o tema. Na semana passada, ele tratou do assunto com o senador eleito Omar Aziz (PSD). Artur defende o novo sistema deve ser financiado pelo Governo Federal.

A discussão de um novo modelo de transporte público voltou à pauta do Executivo municipal quase cinco meses depois da realização da Copa do Mundo em Manaus, que foi a esperança de melhorias efetivas no setor. Projetos como o monotrilho e o BRT, sistema de pista exclusiva para ônibus articulados, não saíram do papel. E deram lugar ao Bus Rapid Sistem (BRS), que utiliza pista exclusiva para tráfego e as plataformas do falido sistema Expresso.

Ontem, a reportagem procurou a Semcom para ouvir a resposta da prefeitura sobre as afirmações de falta de projetos de mobilidade para financiamento federal, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Fonte: Jornal A Crítica - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=27909538&id_grupo=1&id_canal=1&p=1