sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dilma cobra cumprimento de prazo da Transnordestina

10/02/2012 - Agência Estado

A presidente Dilma Rousseff se reuniu por mais de duas horas, em duas etapas, com os empresários responsáveis pela construção da ferrovia Transnordestina que, a exemplo da Transposição do São Francisco, enfrenta problemas de atrasos em algumas etapas. Dilma cobrou o cumprimento do cronograma de execução de obras e informações sobre metas e cronogramas preestabelecidos. A presidente assegurou que não faltarão recursos para os empreendimentos.
O presidente da Transnordestina, Tufi Daher, após o encontro, reconheceu que existem alguns problemas que estão atrasando as obras. No caso de Missão Velha, no Ceará, onde a reportagem visitou e constatou os trabalhos praticamente paralisados, Tufi comentou que ali pode haver um ou outro problema de concessão de licença ambiental, assim como em alguns outros trechos, que têm problemas de desapropriação. A presidente cobra, e com razão, principalmente a questão dos prazos, declarou, esclarecendo que a reunião foi bastante técnica já que detalhes da obra foram discutidos com ela.
Ao falar do novo prazo de entrega das obras, que estavam previstas para 2012, Tufi primeiro disse que o prazo do empreendimento sempre foi 2013, mas houve uma tentativa anterior de trazer a conclusão para mais perto. Em seguida, prometeu: Quiçá em 2013, início de 2014, nós vamos ter este eixo de Eliseu Martins até o porto Suape e, no final de 2014, o percurso completo. Tufi Daher, ao citar que a ferrovia tem 1728 quilômetros e que, em um empreendimento deste tamanho porte, sempre existem muitos gargalos, acrescentou que, no encontro com a presidente, foram firmados acordos. E garantiu: estes prazos serão cumpridos.
Ele lembrou que a presidente Dilma é uma profunda conhecedora do projeto e que quis saber de muitos detalhes da obra, inclusive as datas nas quais estarão prontas as superestruturas em Pernambuco, Piauí e Ceará. Ela quis ver com detalhes esse avanço físico da infraestrutura, de pontes, de viadutos, quanto tínhamos pronto, quanto estamos fazendo e quais são os gargalos, declarou em entrevista, após a reunião com Dilma.
O presidente da Transnordestina assegurou que no encontro não foram discutidos aditivos de contratos para as empresas que trabalham na construção da ferrovia. A obra de construção da Transnordestina tem um custo estimado em R$ 5,4 bilhões.
Cancelamento
A presidente Dilma visitaria nesta quinta-feira três trechos da Transnordestina. No final da manhã, no entanto, cancelou a ida à São José do Belmonte, onde iria visitar a frente de lançamento da superestrutura da malha ferroviária do lote 1. Desistiu porque já havia visto obra semelhante, em Parnamirim (PE), mais cedo. Com isso, antecipou a chegada ao canteiro de obras em Salgueiro (PE). Dilma se reuniu com empresários antes e depois do almoço no canteiro de obras e embarcou de helicóptero para Juazeiro do Norte, onde pegou avião para Brasília.

Fonte: http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdNewsletter=6559&InCdUsuario=43779&InCdMateria=15058&InCdEditoria=2

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

FERROVIA EM CONSTRUÇÃO

30/01/2012 - G1 PE


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Transnordestina deve inciar obras do trecho Cabo-Propriá em 15 dias

A Ferrovia Cabo-Propriá, que liga Pernambuco a Sergipe, parcialmente destruída pelas enchentes em 2010, terá um trecho de 380 quilômetros recuperado. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30) pelo Governo de Pernambuco. A Transnordestina Logística S.A será a empresa responsável pelas obras de reparo, que devem começar dentro de 15 dias, após autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A companhia investirá R$ 60 milhões em recursos próprios para a recuperação da linha férrea. Os trabalhos devem gerar cerca de 200 empregos diretos. Com extensão total de 560 quilômetros, a ferrovia apresenta hoje 350 pontos de interrupção no seu traçado, localizados entre os estados de Pernambuco e Alagoas.
Do total dos investimentos, cerca de R$ 25 milhões serão destinados à recuperação de um trecho de 150 quilômetros da ferrovia que corta os municípios pernambucanos de Ribeirão, Gameleira, Joaquim Nabuco, Catende, Maraial, São Benedito do Sul, Quipapá e Palmares, todos na Mata Sul, além de Canhotinho, no Agreste. Três pontes serão reconstruídas. Também serão feitos serviços de drenagem e terraplenagem, troca de trilhos e dormentes, além da limpeza da linha.
A expectativa é que a estrada de ferro esteja em pleno funcionamento dentro sete meses. Ainda segundo estimativa da Transnordestina Logística, a movimentação de cargas na ferrovia deve chegar a 1,5 milhão de toneladas por ano até 2015.
Durante o anúncio, realizado no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, o diretor-presidente da Transnordestina Logística S.A, Tufi Daher Filho, disse que a reativação da ferrovia abrirá um canal de ligação de Pernambuco com a Bahia, pois a Cabo-Propriá será ligada à linha férrea Centro-Atlântica, que vai até Salvador. Ele também descartou a possibilidade de novas enxurradas voltarem a destruir a linha férrea usando o argumento de que as barragens que estão sendo construídas pelo Governo estadual vão evitar novas tragédias.
O governador do Estado, Eduardo Campos, destacou que a recuperação do equipamento trará benefícios para a economia, pois, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a estrada de ferro será responsável por receber cerca de 15% da carga movimentada no Porto de Suape.
Destruíção
A Ferrovia Cabo-Propriá havia sido destruída pela primeira vez nas enchentes de 2000. Depois de oito anos e de uma disputa judicial que definiu que a responsabilidade pelo conserto da linha cabia à Transnordestina Logística S.A, os serviços começaram a ser executados. Em 2010, quando já possuía vários trechos prontos e estava prestes a ser inaugurada, a estrada de ferro foi novamente destruídas pelas chuvas.


fonte: http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdEditoria=2&InCdMateria=14986